domingo, 20 de maio de 2012

Segundo dia - Second day

Hoje o café da manhã começou com um agradável bate-papo com a Ellen e a pequenina Mikki se esbaldando de brincar com o presentinho que trouxe pra ela do Brasil, o que, aliás, me encheu de felicidade porque adoro presentear.   E essa conversa se transformou numa aula de inglês, que se desdobrou num banho de novas culturas, que desencadeou no surgimento de uma nova amizade e culminou num nascimento.  Pois é, simples assim, uma nova mãe acaba de nascer em minha vida.  Ellen é realmente uma pessoa fantástica e tê-la conhecido foi realmente uma bênção.

Mais tarde precisei ir à farmácia e, assim como os supermercados, é um excelente lugar ganhar vocabulário e melhorar o inglês.  Aprendi muita coisa lá.  Adorei o passeio!  E, óbvio, me fiz a festa com os produtos que não existem no Brasil e têm um precinho nada convidativo por aqui.

No retorno dessa segunda aula de inglês do dia, encontrei com minha família prontinha para ir a um passeio no High Park.  Já no caminho, árvores, casas e a atmosfera local já começaram a abrir as comportas da felicidade.  O bairro em que estou vivendo é simplesmente um sonho.  E olha que nem é a parte rica da cidade.

Chegando ao destino do nosso piquenique em família, comecei a perceber o porquê da minha necessidade de procurar um dentista bucomaxilo quando voltar, a natureza eclode neste lugar.  "Robins" (papo-roxo, um tipo de pássaro), patos (aparentemente da mesma espécie que vi em Londres), "chipmunks" (um tipo de esquilo em miniatura), peixes nadando em águas cristalinas sobre belas algas de fundo num pequeno lago e árvores de todos os tipos e cores, variando do carvalho à cerejeira, com suas 1.500 flores, fizeram a festa do humilde biólogo.  Daí surgiu um pensamento:  "se num parque urbano o coração palpita desse jeito, imagino o que vai acontecer se conseguir ir à província de Alberta e provar do famigerado Banff National Park".  Na boa, este lugar é um "desbunde".

Sentamos num belo gramado e provamos um apetitoso prato canadense, o "Poutine".  Rolaram também tortilhas, suquinho de maçã, frutas, biscoitos, doces e bolinhos.  Foi excelente para curtir os irmãos e conhecer um pouquinho melhor o meu novo pai.  Tivemos bons momentos para conversar e pude saber mais de sua história.  Apesar de bastante reservados, consegui aproximar-me um pouquinho mais dos gêmeos russos, Stas e Samantha, além de me divertir com as agradáveis brincadeiras de futebol e frizbie com a irmãzinha de 5 anos.

Ao final da tarde, experimentamos meu primeiro passeio a bordo do "street car", um tipo de bondinho que anda pelas ruas da cidade.  Dali passamos por um lugar dominado pelos restaurantes portugueses, depois pela famosa "Litle Italy" e finalmente chegamos ao destino desejado:  Chinatown.  A daqui não é tão enfeitada quanto a londrina, mas parece que vende de tudo nos preços mais baixos que já vi.  Pra quem gosta, até bolsas da "Louis Vuitton" encontrei lá.  Só não vou garantir sua autenticidade porque senão irão rolar milhares de encomendas.

Finalmente chegou a hora do almoço e o cardápio escolhido chegou a me intrigar pelo estilo tão exótico, comida vietnamita.  Pela primeira vez na vida teria a oportunidade de experimentá-la.  E foi assim que começou, com um pouco de chá.  Completamente sem açúcar, pois o que importava no caso era a questão química da coisa e não exatamente o sabor, explicou papai.  Depois vieram os pratos, cada um mais vistoso do que o outro.  O que mais me chamou a atenção foi o do irmão Stass, que continha um macarrão completamente branco e o nome simpático "Poh".  O meu tinha um super camarão com um molho indecifrável, uma bela porção de porco, arroz branco, salada e um molho apimentado que nem ousei tocar.

Ao sair do restaurante me deparei, agora um pouco mais próximo, com a majestosa CN Tower.  Alguns cliques depois, aproveitamos pra andar até chegar a outro famoso lugar, Kensington Market.  Porém, como estávamos de passagem para ir a "Downtown", nem curtimos direito.

Já na porção mais movimentada de Toronto, aproveitamos para alguns cliques diante da Galeria de Arte de Ontario e do enorme Eaton Centre, em frente ao qual pudemos observar um pouco do malabarismo com facas de um artista de rua.  E foi então, diante de uma grande aglomeração, que me lembrei ter lido no guia turístico que , no cruzamento entre Yonge Street e Dundas Street (nomes de ruas), seria o ponto mais importante onde segurança poderia ser considerado um quesito frágil de Toronto.  Por isso, resolvi perguntar ao Michael se realmente tinha com o que me preocupar por ali.   Foi quando uma coisa me surpreendeu:  "é verdade sim, você deve ter bastante cuidado e não deixar as sacolas das compras soltas pelo chão".  Foi impossível não ironizar internamente.  Se pudesse ser essa a minha preocupação no Brasil...

Voltamos pra casa, tomei um banho e o dia quase acabou.

Naquela altura do campeonato, esperar ainda ter energia para sair, não poderia esperar isso de mim.  Só que a previsão de oportunidades para o período não indicava pancadas de som para desenferrujar o esqueleto nos próximos sábados de viagens pela região e a vontade de entender o estilo noturno canadense de dançar foi impossível evitar.  E lá fui eu desvendar...

Cheguei sem dificuldades à Gloucester Street e a falta de fila pra entrar indicava que não tinha nada lá.  Bateu aquele friozinho na barriga, mas o segurança na porta me deixou entrar e o mundo se abriu diante de meus olhos.

A música não era lá o meu estilo predileto, o lugar não muito espaçoso, apesar dos 3 andares de boite, mas o povo que trabalhava lá era simpático e muito educado.  Já gente bonita na pista...  Fica difícil considerar quando se está acostumado com o padrão brasileiro.  Daí percebi um pouquinho mais porque o nosso povo é considerado bonito diante do leque mundial.  Saldo da noite:  um amigo  brasileiro e uma peruana.

Dali fui ao McDonald´s lanchar e, logo depois, precisei procurar fôlego pra enfrentar o iminente assalto, que parecia praticamente impossível de se evitar, no taxímetro para retornar ao meu novo lar.  Ainda bem que dele eu pude me esquivar, pois o milagroso ônibus da madrugada passou pela Bloor Street para me buscar.

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Next post only in Portuguese version for a while. I´m sorry again, but I´ll try to put a Google translation before a real one in way to reduce your thirst for new stories. Compensation: I´ve already made my first English joke and I love did it. But I won´t share it in Portuguese because it wouldn´t make sense. Let´s try to show it: As we were leaving the High Park, dad was in doubt about which of two paths to choose to go home. One goes faster, but the other lead us to Keele St, our home´s street.

Dad: - I´m not sure about which of them I have to choose. This one goes faster, but the other is going to Keele.
Me: - I don´t wanna go that way (Keele one).
Dad: - Why not?
Me: - Because it´s going to Kill.

I know it´s not so funny, but my mom laughed a lot and she made my day.

15 comentários:

  1. Great! So confident that you're already making jokes. Almost an Englisnman! I'm so very happy you're having such a good time there. Pls, send us photos as soon as possible. Bjks,
    Carla

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    1. I have already beautiful pics here, but my technic problem is going hard to solve. I´ll try tomorrow. I´m sorry about that and so sad too

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    2. I'm sorry and so sad about that. Thanks for your care. Kiss!!

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  2. Oi! Esse post seu fresquinho, né? Ontem eu estive aqui atrás de atualizações e hj é a segunda vez que olho.

    Acho o texto "Pra quem gosta, até bolsas da "Louis Vuitton" encontrei lá. Só não vou garantir sua autenticidade porque senão irão rolar milhares de encomendas."foi p mim, né? rsrsrs

    Encontrei uma loja da Louis Vuitton bem no local perto do curso q vc comentou comigo =-) rsrrss

    Estou adorando ler seus textos e feliz por vc estar ai se divertindo e aproveitando td.

    Grande beijo!
    Jac

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    1. Não exatamente porque eu sei que você jamais compraria uma "fake", mas é bem verdade que foi minha inspiração, rsrsrs. Jackie, tenho visto suas mensagens, porém ainda não pude respondê-lãs com a devida atenção, perdão! Estou focando nos posts para que eu possa dar um mínimo de atenção a todos em conjunto, ok? Já estou sentindo saudade de todos e irei respondê-los assim que possível. Bjão!

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  3. Oi, Fito!!!
    De que é feito o "Poutin"??? Você gostou??? Conta pra gente!!! E as fotos? Beijinhos, Aline

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    1. Aí acaba o mistério, rsrs. Ok. Vou desvendar o segredo: batata frita, algum tipo de queijo (não sei qual, mas pergunto pra mamãe amanhã) e algum tipo de molho (hehehe, também não sei qual, mas lembra o molho madeira). O resultado final vocês já sabem, algo que te faz voar até o céu e te traz de volta em paz. Tentarei descobrir mais informações e depois coloco aqui. Bjão!

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    2. Nossa, deu água na boca!!! rssss Aprenda a receita para ensinar a gente depois!! Bjo!!

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  4. Este comentário foi removido pelo autor.

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  5. Ops... Exclui meu comentário sem querer.... Rs...
    Disse que você devia ter ficado doido no meio de um monte de espécies de plantas, que eu sei que você gosta!
    Continuo acompanhando por aqui, também entrei aqui umas três vezes pra ver se já estava atualizado...rs...
    Abraço irmão.

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    1. Irmãozinho querido, obrigado por todo o teu carinho e amor. O seu comentário no post anterior me emocionou demais. Só é uma pena eu não ter nem tempo para respondê-los, pois, se faço isso, ou não durmo, ou não realizo novo post. Um abraço pra você, querido! :)

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  6. Oi, Fábio, quanta emoção em apenas 2 dias! E também mensagens dos amigos queridos. Deve estar sendo bom provar de alimentos diferentes, participar de culturas variadas e vivê-las intensamente. Isso não tem preço, genial! \o/

    Beijos!

    @soniasalim

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  7. É sim uma experiência fantástica e fica sempre impossível descrever tudo aqui, principalmente pela falta de tempo e cansaço. Gostaria, às vezes, de não mostrar as coisas como um diário e focar em outras coisas interessantes que notei por aqui. Porém, fica difícil abordar as coisas dessa forma sem o tempo adequado e um diário fica mais simples e fluido pra vocês. Talvez nos próximos dias eu consiga abordar assim. Vamos ver...
    Uma curiosidade que não consegui adicionar no próximo post, mas que revelarei agora, é a seguinte: no Brasil não percebemos grandes variações no sentido de identificação do povo de um determinado local com a unidade geral da nação, mas aqui existem muitas "tribos" que mantêm suas culturas de origem e o que vemos é a unidade da nação por meio de diferentes componentes. Assim, é possível sair à rua e ver uma pessoa vestida de burca com apenas os olhos à mostra andando ao lado de alguém de visiual também extremamente exótico, como por exemplo pessoas de cortes de cabelo completamente rock e corpo todo tatuado, com alargadores e piercings nas orelhas. No Brasil, quando vemos algo assim, vemos sempre alguém destacado do restante e isso chama atenção e até mesmo choque. Porém aqui há tanta gente diferente que é praticamente impossível focar em um só e isso simplesmente te dá total liberdade para ser quem você realmente é sem chocar ninguém, nem "ferir" a paisagem. Viva à diversidade! Estou amando este lugar aqui! :)

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  8. Fábio, acompanhando suas aventuras e curtindo com vc. Passeio maravilhoso! Aproveite.
    Forte abraço
    Odila

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  9. Uau! Um sucesso a viagem de Fábio, a Toronto, no Canadá! \o/ Todos os amigos seguindo nas aventuras e conhecimentos!

    Viva \o/ \o/ \o/

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