sábado, 26 de maio de 2012

Resumo da primeira semana - First week summary

Não, eu não deixei de postar durante todo esse tempo para deixá- los curiosos.  Porém, acho que o efeito até que me caiu bem.  Afinal, nada melhor do que cultivar tal sentimento no coração do um leitor.  Então, vamos ao que aconteceu desde o primeiro dia de aula. Ele foi um pouquinho diferente do que costuma ser na ILAC, pois era feriado e a responsável pelo avanço do domínio britânico ao longo do século XIX, rainha Victoria, era homenageada com a presença do ilustre príncipe Charles aqui na cidade.  Então, apenas procedemos ao teste de nivelamento e fizemos um tour pelo centro da cidade (downtown) a fim de conhecermos os prédios onde os diferentes cursos são ministrados e acabamos não tendo aula.  Apesar de simples, devo dizer que foi muito agradável vivê-lo, pois tive contato com um grande número de pessoas vindas de todos os cantos do mundo, coreanos e japoneses.  Sim, eles são muitos.  E vão dominar o mundo. Além disso, pude conhecer a simpatissíssima Nadia, que nos apresentou as regras básicas de convivência para não ter problemas em um ambiente cosmopolita como Toronto. Encontrá-la também foi um acontecimento especial, pois nunca tive a oportunidade de conhecer um representante da Síria, país de origem de um de meus antepassados.  Maravilhoso! Nos dias seguintes, a vida estudantil finalmente desabrochou.  Melissa, minha professora em "General English" (inglês geral), demonstrou-se uma excelente profissional, pois, além de extremamente inteligente, mostrou, como nunca tinha visto antes, como dominar uma turma sem se mostrar chata, tirana ou burocrata.  Sinceramente, estou contente com ela.  Estava preocupado, pois estudar tem sido algo complicado de realizar nos últimos tempos devido a fatores psicológicos e ela tem conseguido com que eu até faça os "homeworks" indicados. No entanto, nem sua doçura, nem a admiração por sua competência puderam evitar o que estava por acontecer nos dias seguintes.  Brasileiro não foi feito pra isso.  Não adianta, não funciono assim.  E como é interessante perceber isso, pois toda a crítica que fazia aos colegas que não eram sérios nos estudos ou no trabalho revelou-se hipócrita e o primeiro choque foi certeiro.  Pancada dura. Acrescente ao fato outros detalhes, como dificuldade em construir novas amizades, pois aqui minha simpatia não é vista de forma muito receptiva, pelo menos pela cultura asiática e eles formam a maioria, comprar um celular temporário, o mais baratinho custa só CAD$ 100,00, a falta de sorte para descobrir um lugar pra malhar, praticamente impossibilidade de se conseguir um plano de internet para o iPad (eu não suporto mais ficar) e a confusão na hora de interpretar um contrato já assinado que me prometia elevadas multas, e acabei abatido. Sei que tudo isso aparenta ser apenas futilidade, mas, quando se vive sozinho num lugar em que não há nada com o que se identificar, acaba rolando um sentimento de deslocamento.  É como se eu fosse uma árvore sem raízes, prestes a cair a qualquer momento.  Entretando, essa experiência me fez interpretar muitas outras histórias de forma bem diferente, como, por exemplo, os sentimentos da minha querida tia Tyda quando de seu estabelecimento nos Estados Unidos há cerca de 20 anos atrás. Após dois dias "de bode", finalmente deixei de evitar o mundo e de reagir como uma criança de 3 anos.  Sobreviver aqui exige flexibilidade e força para evitar que os choques culturais (são muitos, acredite) e as outras dificuldades te dobrem os joelhos. Passado o aprendizado mor da semana, é hora de ir desvendar os mistérios do mais antigo parque nacional e um dos maiores símbolos do Canadá, Algonquin Park.  Como biólogo, seria terrível vir a um país cujas maiores atrações são as belezas naturais e não visitá-lo.  Por enquanto, a maior experiência promete ser o passeio de canoa, quando será possível ver ursos, castores e alces, as vedetes do lugar. Se estou animado?  Vocês precisavam ver o cenário do outro lado da janela!  Um verdinho claro das folhas jovens primaverís convidam meus olhos a bailar pelo paraíso. Em tempo, gostaria de me desculpar pela forma às vezes um tanto ininteligível de escrever.  Porém, se o faço, não é porque desejo ser incompreensível, afinal ninguém escreve pra isso, mas porque não desconsidero o poder criativo da mente de meus leitores e muito menos sua inteligência.  Pegue-me, se puder! Obrigado pelo carinho e amor de todos.  Vocês têm sido meu alicerce durante os momentos de dificuldade e a agarra para me segurar. Até o próximo post!

3 comentários:

  1. Oi Fabinho! Enfim notícias suas! =-)
    Eu fiquei super curiosa nesses dias q vc n escreveu.
    Vou te mandar um email, n deixe de ler.
    Bjs,
    Jac

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  2. Fabinho, eu criei o meu skype, vo enviar a minha id do skype p seu email. BJ!
    Jac

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  3. Fábio, achei importantíssima essa semana para você e quero que creia no que estou dizendo, pois a vida é maravilhosa quando confrontamos as faces que ela nos apresenta. Vou destacar uma frase sua que chamou a minha atenção.

    "É como se eu fosse uma árvore sem raízes, prestes a cair a qualquer momento."

    Talvez por ter vivido um pouco de sua frase aqui mesmo sem sair do lugar, em outras situações, é que valorizo cada detalhe. E por não apresentar raízes vivemos momentos de vulnerabilidade que darão suporte a situações futuras. Muito bom tudo isso, caro amigo! É claro, que no momento muitas coisas ficam sem sentido, mas tenho certeza que sairá mais fortalecido nessas vivências.
    Curta muito a diversidade, valorize cada palavra do outro como um aprendizado e seja feliz.
    E vamos que vamos! \o/

    Grande abraço!

    @soniasalim

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